“Era como se a noite toda existisse e descesse sobre aquele corpo que era o centro do mundo.”
Uma casa na escuridão, José Luís Peixoto
Uma casa na escuridão, José Luís Peixoto
O Tempo ensinara-o – a mim também – a apreciar um gesto do galo, uma pena de pássaro no chão, um lagar cheio de uvas e a dor das mãos sem autor, mãos vazias, de nomes ausentes.
Um dia gostava de ser como ele: modesto no trajar, humilde no ser, moderado no falar, bom ouvinte mas muito pecador. Dizia-me sempre que um grande Homem tem de ser muito pecador: só ao pecar será o Homem capaz de errar e o valor às coisas grandes da Vida dar.
Todo o Homem sábio é um pecador: poeta da dor, Anjo do Amor ou simples retrato guardado na palma da mão.
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