A Noite não é - para todos - igual.
Há Sonhos - por cumprir - na noite de um olhar: morte.
Há, apenas e só apenas, realidade – cruel - no dia de todos os gestos: vida.
Pedaço de vida: nunca há vida no todo.
Porque nunca o dia casou com a noite: mero cruzamento. Ponto no meio.
Anoitece sempre que um Anjo chora.
Anoitece sempre que um Anjo chora.
Um Anjo na Terra abandonado à sua sorte: separou-o do Amor, a morte.
Demora a chegar o dia sempre que um ente parte desta vida: saudade.
Quantos dias demoram a cicatrizar a ferida que sangra por dentro: dor da ausência de quem parte?
São noites – a ausência.
São dias – o vazio.
São dias – o vazio.
São escuras as feridas, mesmo as que vivem nos pedaços da vida: noite.
A noite é um pedaço de vida: pequeno sopro, vazio, imensa escuridão.
A noite é morte.
A vida é ferida.
A noite é morte.
A vida é ferida.
Cada vez que alguém parte, vai consigo um bocado do Ser de quem fica.
Morre-se aos poucos: vendo cada dia passar e cada noite por findar.
São noites os dias que encontro em mim.
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